terça-feira, 25 de outubro de 2011

Educação Física e os Esportes nas Séries Finais - HANDEBOL



         O Handebol é um esporte coletivo e como os demais esportes é caracterizado principalmente pelo esporte de rendimento. No Brasil não esta muito na mídia, mas hoje em dia é um dos esportes mais praticado no âmbito escolar, e deve ser trabalhado e praticado por crianças em idade escolar sem buscar o aperfeiçoamento do mesmo através de regras e técnicas, afinal, o papel da Educação Física na escola não deve ser o de formar atletas, mas sim cidadãos críticos e participativos, através de uma prática social, onde se possibilite aos educandos, a preservação de suas características, necessidades e interesses, onde cada educando terá a oportunidade de através das experiências vivenciadas com a atividade esportiva do Handebol, de construir seu próprio conhecimento.
            A partir disso, o educador de Educação Física deve tentar agir de forma que consiga atingir e despertar o interesse dos educandos pelo esporte proposto, através do esporte vinculado à educação, levando em conta seu caráter pedagógico e não o caráter espetáculo que vem vinculado ao rendimento, pois através do esporte educacional pode-se dar condições as crianças e adolescentes em formação, para passar adequadamente por um desenvolvimento humano de suas capacidades físicas, cognitivas, morais e sociais, pois visa-se a importância de aprendizagem e do ensino dos fundamentos e sua execução combinada e aplicada em situação de jogo, mas deve-se ter em mente que não pode-se restringir apenas a práticas esportivas, e sim esta pratica deve estar alienada e trabalhar junto com o desenvolvimento humano, possibilitando assim uma formação gera.
            Segundo Paes e Balbino (2005):

Assim é possível preparar as crianças que se maravilha no convívio com jogos e aprendizados de hoje, para que se tornem adultos integrados com o mundo e, consigo mesmo, enriquecido em sua história de vida pelas experiências e desafios enfrentados em suas formações de infância e adolescência.

O Handebol na escola deve possibilitar ao educando construir seu próprio conhecimento, onde a escola passa assumir o papel educacional visando à construção de conhecimento e não a simples transferência de conhecimento.
            Para educandos que estão nas etapas de alfabetização do ensino fundamental o principal objetivo deve ser o de desenvolver todas as capacidades motoras e coordenativas de forma geral, criando um repertório variado de movimentos.
Baseando-se em Gallahue citado por Greco, Benda e Ribas (1998):

Pode-se dividir em duas fazes, fases de movimentos gerais ou transitórios e a fase de habilidades específicas. Na fase de movimentos gerais ou transitórios o objetivo primordial da pratica do Handebol será o de auxiliar o desenvolvimento das habilidades motoras básicas na criança.

            Para que isso seja realizado os conteúdos abordados devem ser propriamente constituídos por jogos, principalmente os jogos de perseguição. Estafetas, atividades de ampla locomoção e manipulação com bola, alem de serem realizadas em aspecto lúdico.
Baseando-se em Gallahue citado por Greco, Benda e Ribas (1998):

Após passar por este desenvolvimento das habilidades motoras básicas a criança inicia o estágio das habilidades específicas. Como o próprio nome indica, o principal objetivo neste momento é o desenvolvimento das habilidades motoras específicas.
           
Aqui o professor de Educação Física deve começar a apresentar aos educandos, atividades onde os mesmos comecem a utilizar capacidades dentro da estrutura esportiva do Handebol, tais como os passes, recepção, arremessos, progressão, entre outros.
            É primordial que se inicie pelo básico e que o educador consiga expor de forma clara e objetiva os objetivos no caso do Handebol, regras e fundamentos, para que os mesmos possam ser assimilados na prática.
            Pois segundo Flor, Gándara, Revelo e Mello (2007):

A facilidade de aprendizagem de seus fundamentos e de suas regras básicas motiva a todas as crianças, em especialmente aquelas de 11 e 12 anos, alunos de 5ª e 6ª séries do ensino fundamenta. O uso da mesma quadra empregada para outras modalidades e da mesma baliza do futsal é também um elemento facilitador, bastando às escolas fazerem a demarcação das linhas sobre o piso.
           
Afinal como foi citado e confirmando por Flor, Gándara, Revelo e Mello (2007), levar os educandos a avançar na aprendizagem dos fundamentos do handebol, especialmente dos passes e arremessos, incluído atividades semelhantes àquelas presentes em situações de jogo.
            A partir disso deve-se estar preparado para expor aos educandos o principal para á pratica esportiva do Handebol e de forma que facilite a aprendizagem, pode-se citar um exemplo muito claro de como deve ser exposto.
            Segundo Teixeira (1996):

O Handebol é um jogo muito, semelhante ao futebol, porém jogado com as mãos. No Handebol:
A bola deve ser deslocada através de passes, ou piques;
O jogador também pode conduzir a bola, dando até três passos para depois passá-la ou arremessá-la. Esta maneira de conduzir a bola permite ao jogador mais velocidade, segurança e naturalidade nos movimentos.

            Quanto às regras, é importante que os educandos tenham o conhecimento pelo menos das principais regras do jogo de Handebol, até mesmo para facilitar um pouco na execução do jogo propriamente dito, mas as mesmas não devem ser cobradas rigorosamente, mas devem ser lembradas sempre que possível, de preferência nos momento em que os alunos estão executando o jogo, pois desta forma ajuda na assimilação das regras prática.
            Quanto às regras Teixeira (1996) apresenta as principais regras da seguinte forma:

O Handebol é jogado com as mãos e o jogador só pode deslocar a bola passando-a a um companheiro ou movimentando-se com ela, picando-a sucessivamente no chão. Pode também dar até três passos sem picar a bola.
O jogo é iniciado no centro da quadra pela equipe que vencer o sorteio da posse da bola. A outra equipe deve ficar em sua área a três metros da bola. Após o apito do arbitro os jogadores podem movimentar a bola em qualquer direção.
O objetivo do jogo de Handebol é marcar gols, isto é, colocar a bola dentro da baliza do adversário.
Vence a partida quem tiver marcado mais gols.
Cada equipe é formada por sete jogadores titulares sendo um o goleiro, devendo haver mais cinco na reserva. Portanto uma equipe de Handebol deve conter 12 jogadores.
           
Não vê-se muita necessidade de frisar aos educandos outros aspectos do esporte Handebol, como histórico, bola, dimensões da quadra, entre outros, pois o conhecimento ou não das mesmas não influenciam diretamente na execução prática do esporte, tendo em vista que o esporte na escola não visa o rendimento e a obtenção de atletas de elite, e sim, visa proporcionar os conhecimentos básicos do esporte, proporcionando assim a interação de todos os educandos.
            Quanto aos fundamentos, deve-se trabalhar os mesmos da mesma forma que já foi comentado nas regras, deve-se apresentar todos os fundamentos no caso do Handebol, as diferentes formas de execução dos mesmos, mas não devem ser cobrados, com perfeição técnica, mas como já citado, o educador deve interferir sempre que possível demonstrando a forma de execução correta se for o caso dos fundamentos, para que os educandos possam ir sanando as duvidas pendentes e assimilando os movimentos considerados corretos, mas deve-se ter em mente que os educandos devem ser deixados a vontade para executar o jogo do Handebol da forma que mais tem facilidade.
            Os principais fundamentos do Handebol que devem ser apresentados aos educandos para a execução do esporte são os seguintes: Passe, recepção, arremesso e progressão.
De inicio deve-se deixar claro que o passe é o principal fundamento do Handebol, pois permite dar seqüência ao jogo, e prepara para o ataque ou contra ataque, pode-se também apresentar e demonstrar os diferentes tipos de passes existentes no Handebol, para que os educandos tomem conhecimento dos mesmos, que são: na altura do peito, com uso de uma mão, com salto, picado e lateral em pronação, porem os mesmos não deverá ser cobrado na prática.
Segundo Greco, Benda e Ribas (1998):

Nem todos os passes acima descritos foram apresentados pela literatura específica do método parcial do ensino do handebol. A literatura apresentava até meados de 1990 apenas os seguintes tipos de passes no handebol: acima do ombro, por trás da cabeça - sem as classificações em função de trajetórias, por trás do corpo - também sem as classificações em função de trajetórias e o passes quicado. A respeito do passe de ombro, a literatura não incluía os passes retificado e bombeado como uma variação do passe de ombro.

Quanto à recepção pode-se dizer que é o ato de receber, dominar ou controlar a bola, também como já foi apresentando no passe, pode-se apresentar e demonstra os tipos de recepção quanto ao tipo, que são: bola na altura do peito, bola acima da cabeça, bola onde só se alcança saltando, bola alta e lateralmente, bola na altura dos quadris, bola junto ao solo e bola que vem rolando, durante a pratica os educandos irão percebendo e executando os mesmos naturalmente.
Já sobre o arremesso, busca-se deixar claro que é a ação de impulsionar a bola em direção, é a finalidade principal do ataque, seu objetivo principal é marcar o gol, deve-se demonstrar na prática as formas de arremesso, e principalmente deixar claro que o mesmo pode ser executado de qualquer parte da quadra, exceto da área de gol, pois só é permitido ao goleiro permanecer ou circular dentro da mesma, ou seja, o gol só é valido quando executado de fora da área de gol.
Quanto à progressão cabe saber que é a ação de progredir com a bola, dando ritmo ao jogo, isso inclui passes, dribles e fintas.
A partir disto o educando será capaz de começar a assimilar a teoria à prática do Handebol, e aos poucos ir conhecendo e diferenciando as diferentes formas de execução de seus fundamentos e conhecendo suas regras próprias do jogo, sem que haja o intuito de obtenção de finalidade técnica e sim de conhecimento próprio.


REFERÊNCIAS

FLOR, Ivan; GÁNDARA, Cristiana; RELEVO, Javier; MELLO, Alexandre Moraes de. Manual de Educação Física. Madrid: Equipe Cultural, 2007.

GRECO, Pablo Juan; BENDA, Rodolfo Novellino; RIBAS, João. Iniciação Esportiva Universal: da Aprendizagem Motora ao Treinamento Técnico. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

PAES, Roberto R.; BALBINO, Hermes F. Processo de Ensino e Aprendizagem do Basquetebol: Perspectivas Pedagógicas. Barueri: Editora Manoele, 2005.

TEIXEIRA, Hudson Ventura. Educação Física e Desportos. 2ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 1996.

Figura Retirada de:  http://www.anossaescola.com/cr/AdvHTML_Upload/Remate.jpg Acesso em: 24/10/11

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